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Desde antes de entrar na faculdade, escolher a medicina não é algo fácil. Depois de formados, os médicos têm que prezar pela qualidade de vida e saúde da população, o que é uma tarefa difícil e que demanda bastante responsabilidade.
Para os profissionais, a pergunta que fica é: a remuneração médica é justa? É isso que a pesquisa da Medscape, site especializado em medicina, quer responder.
Ficou curioso? Acompanhe esse texto e entenda o estudo!
A pesquisa
Essa é a segunda edição da pesquisa sobre Remuneração Médica da Medscape. A outra foi realizada em 2017.
O estudo foi realizado entre 28 de fevereiro de 2019 e 10 de abril de 2019. Sua margem de erro é de 2,45%, com nível de confiança a 95%.
Os médicos que responderam a pesquisa são todos membros da Medscape. Isso significa que a pesquisa não abrange toda a população médica do país.
O perfil
Esse ano, foram entrevistados 1599 profissionais, sendo 64% homens e 36% mulheres. Entre as especialidades estão, em sua maioria, cardiologistas, ginecologistas e obstetras (7% cada), pediatras, psiquiatras, anestesiologistas (6% cada) e ortopedistas, traumatologistas e intensivistas (4% cada).
Os médicos que responderam a pesquisa tem majoritariamente de 28 a 34 anos (27%). 20% dos médicos têm de 35 a 39 e 14% de 40 a 44.
O ambiente de trabalho da maioria dos médicos entrevistados é o hospital (41%), seguido de consultório particular (15%), unidades de saúde (13%), clínica compartilhada com colegas da mesma especialidade (8%) e clínica com múltiplas especialidades (7%).
Dos entrevistados, 46% são funcionários, 29% são autônomos, 12% proprietários de consultório particular, 9% sócios e 4% proprietários de clínica.
79% dos respondentes se declara branco, enquanto 17% são pardos, 5% amarelos, 3% negros, 2% nativos e 3% não responderam ou não se sentiram inclusos em nenhum das alternativas.
A maior parte dos médicos que responderam a pesquisa se concentra na região sudeste (53%). A região sul teve 24% dos respondentes, nordeste 13%, centro oeste 7% e norte 3%.
Especialistas x generalistas
Os especialistas têm uma remuneração médica maior do que os generalistas. A diferença é de R$55.000 a mais anualmente, um acréscimo de R$38.000 comparado com a distância de valores de 2017.
Gênero
As mulheres ganham menos que os homens, sendo elas médicas especialistas ou generalistas. A diferença de valores é de 30%.
Na categoria generalistas, as mulheres ganham R$41.000 a menos anualmente. Já as especialistas sofrem um déficit de R$61.000.
Elas passam 39 horas semanais atendendo pacientes, enquanto eles, 37.
Gastos e estilo de vida
61% dos médicos afirmaram que conseguem viver de acordo com seus recursos. Isso quer dizer que eles não gastam mais do que ganham, mas também não gastam menos.
29% disseram viver abaixo dos recursos, o que significa que eles não gastam tudo que ganham. Enquanto isso, 9% diz que vive acima dos recursos e acaba gastando mais do que a renda mensal. Apenas 1% não quis responder a questão.
A principal despesa dos médicos é o gasto com os filhos (42%). Abaixo disso está escola particular para os filhos (33%), despesas médicas (32%) e financiamento da casa (27%).
Tempo e rotina
Diariamente, médicos gastam bastante tempo preenchendo papeladas e cuidando de processos administrativos.
Falando em horas semanais, 24% deles afirmaram passar de 10 a 14 horas com a parte burocrática da profissão.
Somando todos os profissionais que afirmaram gastar mais de 15 horas semanais com papeladas e gestão, temos quase metade dos médicos entrevistados para pesquisa.
Podemos ver que, infelizmente, grande parte do tempo que poderia ser usado para atender os pacientes está sendo empregado em tarefas administrativas.
A remuneração médica
Os profissionais não estão satisfeitos com a remuneração médica. 61% deles acredita que ela não é justa. Os que disseram estar satisfeitos são 40% especialistas e 35% generalistas.
Satisfação e desempenho
80% dos entrevistados garantem que estão felizes com seu desempenho na profissão, sendo que 61% estão satisfeitos e 19% muito satisfeitos.
A maioria dos profissionais que responderam de forma afirmativa são médicos especialistas na faixa etária dos 45 anos.
Os que responderam de forma negativa somam 20%, dos quais 13% não estão nem satisfeitos e nem insatisfeitos, 6% estão insatisfeitos e 1% muito insatisfeitos.
Pontos negativos
Toda profissão tem seu lado negativo e a medicina não é exceção. 36% dos médicos acredita que trabalhar demais seja a pior parte.
21% considera os problemas com as seguradoras e planos de saúde e 17% lidar com pacientes difíceis. Esse último ponto foi o mais respondido entre os médicos generalistas ou de idade mais avançada.
Pontos positivos
Ser bom no que faz, encontrar respostas fazendo diagnósticos teve 25% das respostas. A gratidão e a relação com os pacientes somaram 21%, mas foi a opção mais assinalada entre as mulheres, médicos mais jovens ou pelos que trabalham em consultório.
Em 2017, a gratidão era motivo de satisfação de 39% dos médicos. Hoje, o segundo fator que mais traz alegria na profissão é ganhar bem fazendo o que gosta, com 23%. Há dois anos atrás, isso representava apenas 7% das respostas.
A carreira
Já se perguntou se escolheria a mesma profissão novamente? Foi exatamente isso que os entrevistados precisaram responder.
Mesmo que a grande maioria não esteja satisfeita com a remuneração médica, 69% afirmaram que fariam a mesma escolha, inclusive na mesma especialidade.
E você, concorda com o resultado do estudo? As informações da pesquisa representam sua situação atual ou tem algo de diferente passando com você? Deixe nos comentários a sua opinião e compartilhe esse texto com seus amigos! Quem sabe, com debate e bons argumentos a realidade não pode mudar?
Você pode conferir a pesquisa completa clicando aqui.
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