A conscientização sobre saúde é um assunto que nunca fica de fora dos debates médicos. É um assunto de extrema relevância porque tem impacto direto na qualidade de vida e bem-estar populacional. O tema é constantemente abordado para que cada pessoa desenvolva o próprio senso de como é necessário manter boas práticas saudáveis em todos os momentos do cotidiano.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou em 1948 o Dia Mundial da Saúde, comemorado anualmente em sete de abril. O intuito era chamar atenção para que todos os cidadãos, independentemente do país, da idade, do gênero e da ocupação, voltassem os olhares para o cuidado físico e mental.
Mas você não precisa esperar uma única data no ano para trabalhar a conscientização, ainda mais com os seus pacientes. Na verdade, não há tempo para esperar esse momento. A prática de conscientização deve ser constante, mesmo que esteja no começo, no meio ou no fim do tratamento.
Pensando nisso, separamos algumas técnicas que podem ajudar os pacientes a se conscientizarem mais sobre a saúde para que ele tenha mais tranquilidade e compromisso ao aderir os procedimentos propostos pela equipe médica.
Qual a importância da conscientização sobre saúde?
A medicina é um trabalho muito árduo e complexo. São muitos anos de estudo, mais alguns deles para especializações e milhares de horas de prática. Isso falando de profissionais que estão iniciando na carreira e que possuem longa estrada acadêmica e técnica pela frente.
O processo de acompanhamento de um paciente já é extenso por si só e requer bastante do profissional. Primeiro é necessário estabelecer um bom contato a ponto do assistido se sentir seguro para confiar no seu trabalho. Boas perguntas precisam ser feitas na sequência até que o material exposto pelo paciente seja denso o suficiente para trazer pistas de quais doenças aqueles sintomas se referem. Ainda tem os exames e todos os procedimentos que precisarão ser feitos para solucionar ou ao menos minimizar o problema de saúde daquela pessoa.
Imagina se mesmo depois de tudo isso, o médico ainda precisasse assumir a responsabilidade de ser o agente que precisa ficar em cima do paciente em tom de convencimento para que ele tome as medicações e cumpra o cronograma que foi proposto. É muita coisa para uma pessoa só, certo?
A conscientização sobre saúde vem como uma importante ferramenta para que esse quadro descrito anteriormente não aconteça com tanta frequência. No momento em que informações começam a ser propagadas para trazer mais luz sobre determinado assunto, é esperado que o receptor daquela mensagem reúna uma maior munição para lidar com o próprio corpo e com a própria mente.
Ou seja, quanto mais explicado sobre sintomas e doenças aos pacientes, estamos o convidando para assumir um certo grau de responsabilidade sobre si a ponto de se preocupar mais em práticas que ele pode aderir para viver melhor.
Quanto mais pessoas estiverem atentas sobre determinado assunto, mais alto será o nível da qualidade de vida. É um trabalho que começa no micro, isto é, na divulgação de dados com os pacientes que estão sob seus cuidados, pode se estender para o macro.
O conhecimento sobre saúde pelos cidadãos de qualquer natureza de instrução está relacionado ao aumento da expectativa de vida.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um estudo feito em 2020 em que dizia que o brasileiro poderia viver até – mais ou menos – os 76 anos de idade. Esse número era menor no ano de 2010, quando pesquisas feitas pela mesma instituição revelaram que o brasileiro poderia viver até os 73 anos de idade.
Um dos principais fatores que explica esse aumento nos números previstos é a inserção de cuidados preventivos. Quando o paciente trata a saúde como prioridade, ele fica mais atento com exames de rotina, possíveis doenças genéticas e tende a observar mais o corpo para ver se existe algum caroço, uma pinta com aparência diferente, dores crônicas ou incômodos.
Como levar a conscientização aos seus pacientes?
Falar sobre medicina integrativa
De alguns anos para cá, partes da área da saúde têm se dedicado a estudar o ser humano como um ser completo em que tudo está interligado. Agora quando um paciente chega no seu consultório, você precisa sim analisar as partes do corpo que estão sendo reclamadas pelo assistido, mas também precisa analisar questões mais amplas, como: campo mental, espiritual, social e financeiro.
Assim poderá existir mais de um método para lidar com o quadro de saúde. Esses métodos podem ser trazidos por diferentes especialidades médicas, como também por diferentes terapias.
Uma clássica situação que pode exemplificar a medicina integrativa é lidar com pacientes que têm transtorno de ansiedade. De forma integral, o psiquiatra pode entrar com medicação; o psicólogo pode começar a trabalhar questões de comportamento e cognição; a acupuntura pode ser uma outra saída para ajudar a lidar com os sintomas dos pensamentos recorrentes e a yoga pode ser uma prática adotada pelo paciente como rotina para que a meditação e o conhecimento do próprio corpo sejam desenvolvidos ao longo dos dias, auxiliando no tratamento.
Essas duas últimas alternativas apresentadas – acupuntura e yoga – fazem parte da catalogação de práticas integrativas e complementares oferecidas pelo Sistema Único de Saúde. Se você quiser entender mais sobre esse tema, confere esse conteúdo que preparamos para você sobre medicina integrativa.
O principal ponto trabalhado pela medicina integrativa é a reformulação de como a saúde é vista tanto por quem auxilia e por quem é assistido e também e na revisão da porcentagem de responsabilidade que um médico e um paciente possuem em relação ao quadro clínico.
A medicina integrativa pode ser usada como conscientização sobre saúde porque ela sugere que o paciente seja responsável por parte do tratamento. Melhor dizendo: o paciente deixa de ser apenas um sujeito passivo que sente incômodos e deposita toda a possibilidade de resolução na mesa do consultório médico e passa a ser um sujeito ativo e responsável pela própria situação médica ou melhoria dela, claro, em determinada proporção.
O médico pode fazer uma boa prescrição e acertar na medicação e na dosagem, na indicação de um bom psicólogo para o caso e na indicação de tratamentos complementares comprovados cientificamente. Mas é de responsabilidade do paciente seguir o planejamento e adotar as práticas que foram indicadas ou que melhor se adaptaram para o estilo de vida, crenças e valores de cada um. De forma que existe um pensamento lógico sobre o tema de que se o paciente não fizer, ele não conseguirá colher bons resultados em favor da própria melhoria.
Realizar campanhas de conscientização
Órgãos federais já tendem a criar campanhas publicitárias que são veiculadas nas mídias tradicionais, nas redes sociais e por toda a cidade para falar de doenças que precisam de atenção. Quanto de material você já viu sobre dengue, H1N1 ou até mesmo da Covid-19?
O mesmo ocorre com datas que são emblemáticas e que mobilizam instituições públicas e privadas para fomentar a discussão e conscientização sobre o tema. São eles: janeiro branco, setembro amarelo, outubro rosa e novembro azul.
Essas ações são muito importantes e úteis à população de forma geral. Mas os profissionais da saúde não precisam esperar por essas datas ou então somente pelas campanhas que foram organizadas pelo Ministério da Saúde para abordar o tema de conscientização sobre saúde com os próprios pacientes.
Você pode e deve enfatizar campanhas que já são de conhecimento geral e que são feitas por tantos outros aparelhos de saúde. Mas não precisa parar por aí. As campanhas de conscientização podem ser feitas no seu hospital ou na sua clínica de forma constante e falando sobre as necessidades e dificuldades daquele público que você atende.
Do ponto de vista da regionalização: se você tem percebido que o bairro que seu consultório está localizado tem apresentado um número muito grande de pombos e morcegos, você pode iniciar campanhas sobre meningite, Histoplasmose e Salmonelose, por exemplo. Se nesse mesmo lugar tem tido muito mosquito, pode desenvolver campanhas internas sobre dengue ou ainda doenças dermatológicas que podem atingir crianças e adultos por meio das picadas.
Do ponto de vista da recorrência: se você é médico e repara que está atendendo um grande número de casos em que o diagnóstico é da mesma doença ou similares, vale a pena investir em comunicação de conscientização e prevenção.
Essas campanhas que são feitas pela sua clínica podem ser veiculadas nas redes sociais do estabelecimento (desde Instagram, WhatsApp até Blogs) e também nas próprias dependências do consultório, como recepção e no decorrer dos atendimentos.
O trabalho de conscientização sobre saúde vai, no fim das contas, melhorar o seu trabalho à medida que os pacientes estão mais cooperativos para entender e identificar sintomas e cuidar das doenças que carregam consigo.
Utilizar a tecnologia como forma de facilitar os encontros
Alguns pacientes podem ter dificuldade em remunerar o valor dos trabalhos médicos. Nesse momento é preciso encontrar uma saída para que o atendimento seja feito, sem que toda a bagagem acadêmica e técnica dos colaboradores sejam desvalorizadas em troca de um preço mais baixo.
Uma solução é pensar em pagamentos de recorrência ou então em cartão de desconto para tornar o trabalho mais acessível ao paciente e criar a segurança de faturamentos constantes aos profissionais.
Uma outra situação que pode distanciar médico e paciente é a dificuldade que os pacientes têm em tirar um tempo da rotina para se consultarem com médicos, realizarem exames e procedimentos.
Para isso a telemedicina pode ser uma boa alternativa. Com ela, a logística dos atendimentos pode ser otimizada sem perder a qualidade dos serviços prestados. Se você quiser saber mais sobre esse tema é simples!
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