O Protocolo de Manchester é um método de classificação de riscos utilizado no mundo todo. Com ele, é possível determinar atendimentos prioritários e clínicas de atendimento e unidades de emergência.
A metodologia permite identificar quais são os pacientes estáveis e quais são os que têm mais risco de vida. Assim, é possível organizar o atendimento para que os mais graves possam ser atendidos primeiro.
Atualmente, o Protocolo é usado em mais de 25 países. Criado em 1994 pelo médico e professor Kevin Mackway Jones, o método passou a ser recomendado para todos os hospitais do Reino Unido a partir de 1998, ganhando relevância mundial.
Adotar esse método ajuda a evitar a superlotação em unidades de saúde, pois permite que haja uma organização rápida e eficiente dos pacientes para que os casos mais graves sejam atendidos com mais urgência.
É importante destacar que essa classificação não deve ser usada para presumir diagnósticos, e sim identificar situações onde há risco real de vida, perda de função ou de órgãos.
Hoje, vamos falar sobre como usar o Protocolo no dia a dia e como a metodologia pode te ajudar a organizar melhor seus atendimentos. Confira!
Como o Protocolo de Manchester funciona?
O primeiro passo do Protocolo consiste em uma avaliação do quadro clínico do paciente por um profissional de saúde.
Isso é feito para identificar o risco que o paciente está apresentando. Dessa forma, o paciente recebe uma pulseira que indica a gravidade de seus sintomas e a ordem que ele deverá ser atendido.
Abaixo, vamos falar mais sobre a classificação e o que pode ser levado em consideração em cada caso:
Emergencial: pulseira vermelha
Os casos emergenciais ocorrem quando o indivíduo apresenta risco de vida ou uma condição muito grave. Sendo assim, pacientes que usam pulseira vermelha precisam ser atendidos imediatamente.
Nesses casos, alguns quadros mais comuns são:
- Crises de convulsão
- Paradas cardiorrespiratórias
- Hemorragias sem controle
- Dor no peito com falta de ar
- Queimaduras em mais de 25% do corpo
- Tentativa de suicício
- Entre outros quadros semelhantes
Muito urgente: pulseira laranja
A cor laranja também pode ser usada para classificar pacientes urgentes, mas em um quadro um pouco menos grave em comparação ao quesito anterior. Nesses casos, o tempo médio de espera deve ser de até 10 minutos.
Entre as condições conhecidas como muito urgentes podemos citar:
- Dores muito agudas
- Cefaleia de rápida progressão
- Arritmia sem sinais de instabilidade
- Entre outras situações de igual gravidade
Urgente: pulseira amarela
Em casos urgentes, existe um risco para o paciente, mas ele não é considerado imediato. Por isso, o tempo de espera máximo é de 1 hora.
Alguns casos mais comuns são:
- Vômitos intensos
- Desmaios
- Crises de pânico
- Dores ou hemorragias moderadas
- Irregularidades nos sinais vitais
- Casos de hipertensão
- Entre outros
Pouco urgente: pulseira verde
Casos menos graves são caracterizados com pulseira verde e podem esperar até 2 horas por atendimento.
Nesses casos, alguns sintomas comuns são febre, dores leves, viroses, tonturas, resfriados, náuseas, hemorragia sob controle, entre outros.
Não urgente: pulseira azul
Por último, casos mais simples recebem a pulseira azul e podem esperar por até 4 horas para receber atendimento.
Situações não urgentes demandam um atendimento mais simples, como aplicações de medicamentos receitados pelo médico, troca de sonda, dores relacionadas a condições crônicas previamente diagnosticadas, etc.
O Protocolo Manchester, além de organizar o fluxo de atendimento, com certeza já ajudou a salvar muitas vidas. Essas e outras informações essenciais para atuar no mercado da saúde você encontra no blog e Instagram da Amplimed!