A saúde é uma área muito delicada e pouco tolerante a erros. Por isso algumas normas de condutas, regras e legislações precisam ser seguidas à risca. Afinal, é a vida de outra pessoa que foi confiada nas mãos dos médicos.
Conforme o tempo passa, as necessidades humanas vão se transformando. Os avanços surgem junto com ela, mas também há aparições de debilitações clínicas. Essa característica abre espaço para a descoberta e apuração de novas doenças para que os especialistas descubram formas de tratá-las, contribuindo para um quadro de saúde populacional mais promissor.
Esse texto vai te contar como utilizar o CID 11, a fim de auxiliar no cotidiano de médicos e gestores. Assim você poderá trabalhar com mais uniformidade e exatidão ao passo que entender como uma classificação internacional pode causar tanto impacto no trabalho de assistência que você presta.
O que é?
A sigla veio da língua inglesa: ICD – International Classification of Diseases. Na tradução para o português falamos da sigla CID que é a Classificação Estatística Internacional de Doenças.
A Organização Mundial da Saúde cria e divulga uma tabela com todas as doenças catalogadas até determinado ano e, posteriormente, publica alterações. O CID 11 entrou em vigor em primeiro de janeiro de 2022. Antes dele, estava valendo o CID 10 que foi publicado em 1992.
Algumas mudanças foram feitas na atualização, como a inserção do game disorder como um distúrbio em jogos eletrônicos. Na mesma lógica de problemas físicos e mentais que foram desenvolvidos pelo novo estilo de vida a partir dos anos 2000, o burnout foi inserido no CID 11 como uma doença associada ao campo do trabalho, seja de emprego ou desemprego. Se você quiser saber quais são as outras novidades, veja o artigo sobre o CID-11.
Quais são seus objetivos?
De forma geral, o CID 11 existe para padronizar problemas de saúde que possam ser encontrados por todo o globo terrestre. É como se todos falassem a mesma língua. Desse modo, além de saber dos problemas de saúde de forma geral, também podemos ter acesso a uma macro análise da situação médica de determinado país ou região.
O CID tem como objetivo monitorar, medir e avaliar doenças populacionais. Isso quer dizer que novas enfermidades podem ser inseridas ou até retiradas da tabela de acordo com o quadro de saúde que a população vem apresentando nos últimos tempos.
Enquadrar cada doença em um código é uma forma de uniformizar e padronizar informações que são corriqueiras na rotina do médico, mas que são extremamente importantes e decisivas no acompanhamento do paciente. Essa regulação melhora a prática médica na medida em que facilita o acolhimento e a divulgação de informações.
É por meio do CID 11 que o acompanhamento, a intensidade e a persistência de doenças podem ser medidas e divulgadas.
Após a divulgação dessas informações pela OMS, cada órgão federal e instituições de classe podem traduzir para a própria língua e usar os termos mais adequados para que os profissionais entendam as denominações. Assim, planejamentos e treinamentos podem ser elaborados para que as atualizações sejam incorporadas ao dia a dia e novas formas de como utilizar o CID 11 sejam descobertas.
Como utilizar o CID 11?
Médicos, gestores de saúde, seguros de saúde, pesquisadores, cientistas, organizações fundadas por pacientes, empresas e até mesmo outros profissionais da área da saúde podem se beneficiar dessa ferramenta. São cerca de 55 mil códigos para lesões, doenças e causas de morte.
Você que está lendo esse texto pode se perguntar como algo tão complexo e utilizado a nível internacional pode ser bem aproveitado no seu consultório.
Ainda que os estudos sejam feitos de forma global e divulgado em 43 diferentes línguas para 115 países, a utilização da tabela divulgada pela OMS ocorre de forma simples durante as tarefas de uma clínica.
É uma ferramenta prática que profissionais da saúde têm à disposição para usufruir de tarefas simples do dia a dia, como nos atendimentos presenciais e online. Pensando nisso, é interessante ter duas coisas em mente:
A CID 11 pode ser um mapa! Cada paciente traz consigo queixas e reclamações que, após exames, são definidos como uma enfermidade. Isso só é possível porque essa definição já foi pré-estabelecida. A divulgação de doenças, sinais e sintomas é fruto de muita pesquisa e catalogação. É como se autoridades médicas tivessem criado um guia para possíveis casos que você vai encontrar no decorrer da sua carreira na área da saúde. Você não precisa se preocupar em dar nomes. Você precisa observar o material que seu paciente te traz e recorrer aos códigos para entender qual classificação mais se assemelha com aquele caso. Isto é, as caixas já existem! Agora basta você entender onde cada caso que chega até você se enquadra melhor.
A CID 11 é sinônimo de agilidade! Imagina se cada doença fosse algo único e totalmente imprevisível. Seria muito mais difícil e exigiria uma personalização que estaria fora de controle de qualquer clínica médica, das pequenas até as grandes empresas. A padronização de enfermidades auxilia na otimização de tempo, já que você tem informações classificadas, seja para identificar doenças ou transmitir dados, fazendo com que você trabalhe apenas com códigos.
Listamos abaixo algumas situações do cotidiano do seu consultório em que o CID 11 se faz necessário de uma forma mais prática e usual:
-Identificar erros na segurança médica: A divulgação do CID 11 também acaba expondo os avanços da medicina no que diz respeito aos entendimentos científicos de cada área. Algumas doenças que são catalogadas dizem respeito ao ambiente hospitalar, possíveis doenças que pacientes podem contrair ao necessitar de um aparelho de saúde e condutas dos médicos, por exemplo a resistência antimicrobiana. É analisando esses dados que conseguimos compreender a dimensão que eventos desnecessários estão tomando. Tendo essa lucidez, ações de combate e de melhoria de cenário podem ser instauradas para que, numa próxima classificação, os danos sejam reduzidos.
– Preenchimento do prontuário: Todas as informações sobre o seu paciente ou situações que aconteceram durante o atendimento precisam estar registrados em um documento oficial como o prontuário. É por meio dele que as consultas de retorno se tornam mais eficazes e que todos os especialistas que vão contribuir com o caso têm acesso aos mesmos dados. Essa atividade pode ficar ainda mais fácil se for realizada por meio de um prontuário eletrônico, e garantindo mais agilidade e recursos.
-Pesquisa e análise de qual melhor tratamento para cada caso: Ao atender um novo paciente, inicia-se uma nova jornada na tentativa de compreender o quadro que ele tem enfrentado e possíveis resoluções que podem ser aplicadas para melhorar a qualidade de vida e bem-estar. Para isso é necessário ter uma referência.
Exemplificando: Se uma pessoa chega se queixando de dor de cabeça, febre, dores nas articulações e muito cansaço, é provável que você pense que pode ser um caso de dengue e não só um desconforto. A partir desse palpite feito após a anamnese, você pede exames para confirmar a doença e descartar demais hipóteses. Isso só é possível porque outros profissionais já descobriram, mapearam e catalogaram doenças que apresentam esses mesmos sintomas que seu paciente trouxe.
E ao saber disso, não somente o nome, mas também o código universal, você consegue visualizar quais medidas profiláticas podem ser iniciadas, se é necessário afastamento ou não, se a origem da doença aconteceu de forma inesperada ou se é um quadro que aquele bairro ou cidade tem enfrentado nos últimos meses.
Esse exemplo diz respeito a uma doença muito comum no Brasil. Mas o mesmo pode acontecer em níveis globais com doenças de outros países que não são muito faladas ou vistas por aqui. Por isso a necessidade de ter acesso a um banco de dados com informações dos mais variados tipos de enfermidades.
– Receitas médicas: Ao saber em qual número o seu paciente se enquadra dentro das definições propostas no CID 11, você tem mais precisão de quais remédios podem auxiliar no caso e aí então passar as orientações necessárias.. No sistema da Amplimed, as receitas médicas são digitais e têm os certificados exigidos pela área da saúde que servem como validação do processo.
-Atestado médico: O Conselho Federal de Medicina publicou em 2007 a Resolução 1.819 que proíbe o médico de inserir o código e tempo da doença em atestados médicos, guias de consulta e solicitação de exames e procedimentos de planos de saúde junto com o nome do paciente. Mas existem casos em que a própria pessoa que está recebendo assistência médica pede para que essa informação seja inserida em alguns documentos, principalmente no que se diz respeito às questões trabalhistas e até de previdência social e aposentadoria. O melhor a se fazer nessa situação é estar preparado e ter acesso à codificação.
-Repasse de informações a órgãos de classe: Quantos médicos precisaram compartilhar nos últimos anos informações com entidades superiores sobre sintomas decorrentes da covid-19? E quantas vezes tiveram que fazer isso? Quantos casos se repetiram? Ter acesso e utilizar os códigos fornecidos pela OMS facilita esse processo de compartilhamento de informação com entidades médicas ou até com esferas de administração pública.
É a partir dessa transmissão que novos estudos podem ser realizados, que a gravidade de uma doença pode ser medida, que campanhas de combate podem ser criadas e que a imprensa pode divulgar problemas e preparar conteúdo com possíveis resoluções que podem ser adotadas por cada cidadão no dia a dia.
Como procurar as informações da CID 11?
Existem dois caminhos práticos quando pensamos em como utilizar o CID 11. O primeiro deles é de forma manual e acessando a tabela com tudo que foi definido pela OMS. Esse caminho pode ser um tanto quanto trabalhoso porque estamos falando de 55 mil códigos diferentes.
O outro caminho é pensar na automatização dessas informações. Isso quer dizer que você pode ter acesso a um software em que os códigos já estão cadastrados e conectados com os números universais. Ter acesso a esse banco de dados pode tornar a sua prestação de serviço mais rápida, eficiente e prática. O sistema da Amplimed pode te proporcionar justamente isso!
Mas não estamos falando somente de recorrer a um software que vai disponibilizar esses dados para você e toda sua equipe. É preciso existir um contexto e uma interligação para a utilização dos códigos. Com a Amplimed, você tem acesso ao CID 11 dentro da plataforma, facilitando o preenchimento tanto do prontuário, do receituário e também das guias e faturamento TISS, quando for necessário.
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