Controle epidemiológico é uma área que contempla tanto os campos da medicina, como da enfermagem e da administração pública e privada.
Se esse controle não existisse, centenas de doenças poderiam nunca ter sido controladas, como o sarampo, a rubéola, a meningite, a febre amarela, a tuberculose, a hepatite, a dengue e até mesmo a Covid-19.
Como forma de melhorar cada vez mais essa área que tem tanto peso e importância para os estudos e aplicações clínicas, a tecnologia vem como principal e poderoso instrumento de otimização de resultados e controles mais incisivos sobre enfermidades.
Nesse texto você vai entender mais qual o papel da tecnologia no campo da epidemiologia e quais são os tipos de ferramentas que podem ser usadas para trabalhar no controle de doenças tanto no Brasil como nos demais países do globo.
O que é controle epidemiológico?
É a reunião de todas ações feitas por um órgão, uma empresa ou uma instituição que visa levar conhecimento sobre condições de saúde tanto de forma individual como de forma coletiva.
É também tal controle que é responsável por detectar e trabalhar a prevenção de doenças e de analisar quais fatores podem ter sido alterados para que uma nova enfermidade tenha sido desenvolvida ou esteja voltando a se espalhar pela sociedade.
É com essas atribuições e com o desenvolvimento de trabalhos que há o surgimento de recomendações e aplicação de medidas que visam controlar infecções dos mais variados tipos em cidades, estados ou até mesmo em um país.
Todas essas características foram atribuídas dentro do mundo legislativo. A lei nº8.080 de 19 de setembro de 1990 dispõe sobre todas as condições de promoção, proteção e recuperação da saúde populacional.
No ramo da saúde pública, ele também é chamado de Vigilância Epidemiológica. Existem grupos de profissionais na área médica e biológica que estão atentos às mais variadas enfermidades e avisam e orientam os demais profissionais da saúde.
É a partir dessa troca de informações que é decidido quais ações de controle e diminuição de casos podem ser adotadas em determinadas áreas geográficas ou para uma comunidade específica.
O assunto é tão sério que o Ministério da Saúde, por meio da Fundação Nacional da Saúde, desenvolveu um Guia de Vigilância Epidemiológica e que recebe atualizações periodicamente, de acordo com as principais mudanças que ocorrem no meio clínico e social.
O Instituto de Pesquisas Científicas (IEA) definiu quais são os quatro principais objetivos quando o assunto é controle de epidemias:
- Descrever quais são os problemas de saúde das populações humanas e medir qual o nível de intensidade e de gravidade de cada uma delas;
- Apurar dados que vão servir posteriormente para planejamento, execução e avaliação de ações de prevenção, controle e tratamento de doenças;
- Estabelecer prioridades;
- Identificar quais são os fatores que compõem e formam as enfermidades;
O tema é amplamente desenvolvido e debatido dentro do setor público, mas não é somente essa divisão que deveria se preocupar com o assunto.
Empresas de saúde que operam no modelo privado também precisam se ater com informações e medidas de controle. A categoria engloba tanto centros hospitalares, laboratórios, consultório de atendimentos ambulatoriais e clínicas de exames de imagem.
Como a tecnologia pode auxiliar o controle de epidemias
Os estudos na área da epidemiologia são cruciais e de suma importância para administração, monitoramento e controle de enfermidades. Mas a sistemática que tem sido aplicada a essa ciência pode demonstrar baixa efetividade em determinados casos ou ainda pouco uso de ferramentas que poderiam otimizar os resultados em um período mais curto de tempo.
Antes de saber, de fato, como a tecnologia pode auxiliar o controle das epidemias, é necessário entender quais são os passos para que essa vigilância seja feita. Essas etapas giram em torno de checagem, apuração e pesquisa de informações. Estão organizadas em alguns itens. São eles:
O primeiro passo é fazer uma coleta de dados sobre os casos que chegaram até as unidades de atendimento, sejam privadas ou públicas. Para que o profissional faça essa pesquisa, as informações dos pacientes que chegam até às clínicas ou aos hospitais precisam estar muito bem feitas, legíveis, atualizadas e armazenadas no local correto.
Se não houver essa preocupação primária, as informações que são coletadas por meio dos prontuários estarão defasadas e incompletas.
Depois, os especialistas em controle precisam buscar pistas e evidências.
Vamos imaginar que há uma quantidade de casos em uma Unidade de Atendimento Básico à Saúde que está fora do comum, ou ainda que fazia tempo que não aparecia nessa intensidade.
Após saberem dessa informação, eles vão precisar percorrer a região em busca de possíveis mosquitos, vetores e ambientes que possam estar propiciando a volta ou aceleração da enfermidade.
O terceiro passo para a concretização do processo de vigilância epidemiológica é processar todas essas informações que foram adquiridas e percebidas ao longo dos dias de pesquisa.
As medidas de proteção e controle só podem ser feitas e compartilhadas no quarto passo, momento em que uma série de tipos de comunicação devem ser feitas tanto com os órgãos municipais, estaduais e federais, quanto com os profissionais de saúde que atendem na região e, por fim, com a população.
É nesse momento que campanhas de combate podem ser criadas pelos aparelhos de comunicação de cada instituição, incentivando cuidados dentro da rotina, melhoria nos hábitos de higiene, utilização de medicamentos ou então a recomendação da aplicação de vacinas.
Uma nova avaliação precisa ser feita para ver o quão eficaz as medidas foram perante o problema e qual o nível de aderência de profissionais médicos e também da população.
Se o resultado for positivo, certamente os casos terão diminuído. Caso não, o processo de controle de epidemias precisa ser feito novamente e elaborado com novas abordagens e novas tentativas.
O final do processo ocorre quando um relatório é elaborado e enviado aos superiores ou então para órgãos que exigem esse feedback.
Contamos todos esses passos aqui nesse artigo da Amplimed para que você possa visualizar como se trata de uma estrutura complexa e que demanda uma quantidade muito alta de informações certeiras.
O processo por si só já é bem trabalhoso. Cada etapa demanda um gasto de tempo e de energia para ser realizado. Ainda que não se tratasse de algo complexo e delicado, seria difícil executar as tarefas de uma maneira muito artesanal e manual.
E quando falamos a palavra manual, estamos falando sim de papel e caneta, mas também estamos falando da elaboração de planilhas por meio de aplicativos computacionais, como o caso das planilhas do Excel.
Ainda que a exibição ocorra dentro de um computador, é um profissional da saúde que precisa criar toda a estrutura gráfica e alimentar com as informações que foram colhidas. Tornando a prática completamente passível de falhas, equívocos e confusões.
Mais do que isso: se todas essas informações são feitas somente por humanos e de uma maneira integralmente manual, há chances expressivas de erro.
É por isso que a tecnologia pode auxiliar nesse momento para que informações incorretas sejam quase que exterminadas.
Soluções tecnológicas para controle das epidemias
A tecnologia dentro do controle de epidemias é algo tão substancial e expressivo que diversos assuntos foram publicados pelos pesquisadores da área acadêmica a fim de trazer luz e reflexão sobre o assunto.
Os estudos não param nesse setor. A parte pública também tem se debruçado sobre o tema para encontrar uma forma de aprimorar toda a logística que tem sido utilizada.
Duas profissionais da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo fizeram um artigo sobre como a tecnologia foi uma estratégia fundamental para esse controle em tempos de pandemia da Covid-19.
Para você que é gestor ou dono de uma clínica médica, a Amplimed separou nesse artigo quais são as principais ferramentas tecnológicas que podem auxiliar no campo do controle de epidemias e como utilizá-las. Veja só:
Prontuário eletrônico
É por meio dessa ferramenta tecnológica que os dados dos pacientes se tornam cada vez mais precisos e exatos. O que antes era feito de forma manual, hoje pode ser feito com mais agilidade e produtividade dentro de um software que contempla as necessidades da área da saúde.
É no prontuário eletrônico que todas as informações que foram dadas pelo paciente no momento de anamnese poderão ser consultadas e verificadas por qualquer pessoa que tenha permissão e acesso liberado a elas.
Sistema de armazenamento de dados
Depois de tanta pesquisa e análise, todos os dados descobertos e coletados precisam estar guardados em locais seguros de qualquer tipo de interferência. Esses locais não precisam ser em ambientes físicos, como era antigamente. Certamente demandaria um espaço muito maior e o trabalho coletado estaria sujeito a danos como manchas, rasuras, furtos e até descuidos com água ou fogo nos documentos.
Por isso, hoje a tecnologia vem com a proposta de usar aplicativos tanto para desktop quanto para celulares que vão garantir armazenamento na nuvem e com toda a criptografia necessária para garantir mais segurança a todo o processo de controle.
Mais do que uma questão de logística, de cuidado e de otimização de tarefas, um sistema de armazenamento de dados também cumpre o que a lei exige atualmente.
Em agosto de 2018 foi sancionada a Lei Geral de Proteção de Dados, especificando e ditando normas de condutas que devem ser implementadas pelas empresas dos mais diversos setores da economia brasileira, a fim de proteger consumidores, servidores e prestadores.
As exigências para área da saúde são ainda mais críticas. As multas por falta de cumprimento são mais graves e mais prejudiciais a clínicas, laboratórios, hospitais e consultórios. No blog da Amplimed te contamos como essa legislação funciona especificamente para o mundo médico.
Relatórios digitais
A finalização de qualquer tipo de controle das epidemias acontece por meio da entrega de relatórios que vão resumir tudo o que estava acontecendo em determinada área e quais medidas de saúde foram tomadas para conquistar efeitos positivos.
Esses relatórios se tornam mais rápidos e seguros se são feitos por meio de um sistema de saúde e não mais de forma caseira e manual pelos técnicos do assunto.
Essa ferramenta tecnológica vai possibilitar um compartilhamento de resultados com mais impacto, valorizando ainda mais as etapas que foram desenvolvidas.
Essas são algumas das ferramentas digitais e tecnológicas que existem hoje e que podem ser aplicadas aos trabalhos de controle de epidemias.
Mas há muito mais a ser explorado e que pode ser usado para atender outras demandas que o sistema de saúde público e privado possuem atualmente.
Pensando nisso, a Amplimed preparou um e-book sobre como você pode iniciar a transformação digital no seu estabelecimento médico hoje mesmo.
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