A prescrição digital não é só uma evolução do papel — é uma mudança que impacta diversas práticas médicas. Ao adotar receitas eletrônicas, clínicas e consultórios ganham agilidade, segurança jurídica, rastreabilidade e mais oportunidades de integração com sistemas de gestão.
O processo de dispensação se torna mais rápido e confiável, com menos margem para erros e mais controle sobre o que foi prescrito, quando e para quem. Tudo isso validado pelo CFM, com respaldo técnico e legal.
Neste conteúdo, vamos te mostrar por que a prescrição digital já deixou de ser tendência para se tornar um padrão — e como um bom software médico pode transformar completamente esse ponto de contato entre médico, paciente e farmácia.
- O que é e como funciona a prescrição digital?
- Como funciona a prescrição digital no Brasil?
- Quais receitas podem ser digitais?
- Quais medicamentos não podem ser emitidos por via prescrição virtual?
- Benefícios da prescrição digital para médicos e pacientes
- Segurança e rastreabilidade jurídica
- Praticidade e agilidade no atendimento
- Integração da prescrição online com prontuário e gestão da clínica
- Melhora da experiência do paciente
- Quanto custa uma prescrição digital?
- Como adotar a receita médica digital na sua clínica?
- Tenha uma empresa parceira para a prescrição de suas receitas digitais
- Perguntas frequentes
O que é e como funciona a prescrição digital?
A prescrição digital é um documento eletrônico que permite que o médico receite medicamentos, exames e atestados em plataformas online. Em geral, o paciente recebe a prescrição pelo celular, por SMS ou e-mail.
Vale lembrar que receita médica digital, prescrição médica eletrônica, prescrição eletrônica e prescrição digital são a mesma coisa.
Assim, ela substitui a receita em papel e é cada vez mais comum em consultas online, oferecendo mais praticidade e flexibilidade para médicos e pacientes.
Sua emissão acontece por meio de sistemas que permitem ao profissional o registro sobre o tratamento, como:
- Nome do medicamento;
- Dosagem;
- Modo de uso;
- Tempo de tratamento.
Inclusive, a prescrição digital é aplicável a medicamentos controlados, desde que de acordo com as regulamentações, que explicaremos mais adiante.
No entanto, é preciso se atentar à diferença entre a prescrição eletrônica com assinatura digital e a prescrição digitalizada, que é uma cópia impressa de uma receita emitida manualmente.
Isso porque, essa última não se aplica para a obtenção de medicamentos controlados, de acordo com as normas vigentes.
Como funciona a prescrição digital no Brasil?
A prescrição digital funciona como uma receita tradicional, mas em formato eletrônico, com validade jurídica garantida por uma assinatura digital certificada. O documento é gerado por um software médico e não precisa ser impresso: basta estar assinado digitalmente com um certificado no padrão ICP-Brasil.
Essa assinatura digital tem o mesmo valor de uma assinatura convencional. Baseada em criptografia, ela impede alterações no documento após a emissão e garante autenticidade, integridade e autoria, o que traz segurança tanto para o profissional quanto para o paciente.
De acordo com a Lei nº 14.063/2020, que alterou a MP 2.200-2/2001, e a Lei nº 13.787/2018, a prescrição digital tem respaldo legal e pode ser armazenada e gerida digitalmente. Além disso, as farmácias devem verificar se o documento possui a assinatura digital válida, ou seja, com certificado ICP-Brasil.
A regulamentação também é reforçada pela Resolução CFM nº 2.299/2021, que estabelece os critérios técnicos e éticos para o uso da receita assinada digitalmente, e pela RDC nº 429/2020 da ANVISA, que flexibilizou o uso da prescrição eletrônica durante a pandemia, consolidando sua validade em todo o território nacional.
Ou seja, se você se pergunta “precisa imprimir a receita?”, a resposta é não — desde que ela esteja assinada digitalmente conforme as exigências da certificação ICP-Brasil.
Quais receitas podem ser digitais?
A RDC nº 357/2020 da ANVISA define as diretrizes para a emissão de prescrição digital de medicamentos controlados, autorizando a prescrição eletrônica de certos medicamentos de controle especial, desde que cumpram os critérios legais estabelecidos.
Estão incluídos medicamentos de uso contínuo — como os utilizados no tratamento de hipertensão ou diabetes — e até mesmo alguns remédios controlados, como psicotrópicos de menor potencial de abuso.
Nessas situações, é possível dispensar a receita digitalmente em farmácias, desde que o documento possua assinatura digital certificada e siga os padrões exigidos pela legislação.
Entretanto, a Portaria nº 344/1998, do Ministério da Saúde, permanece como principal referência para a regulamentação de substâncias sujeitas a controle especial rigoroso.
Medicamentos classificados como entorpecentes ou psicotrópicos de alto risco, especialmente os de tarja preta, não podem ser prescritos digitalmente — exigem a emissão de receita física, seja receita azul ou receita amarela, conforme o tipo e grau de controle.
Essa exigência tem como objetivo garantir rastreabilidade, controle de dispensação e segurança para os pacientes, especialmente nos casos em que há maior risco de dependência química.
Quais medicamentos não podem ser emitidos por via prescrição virtual?
A seguir, listamos alguns medicamentos e substâncias que, de acordo com a Portaria 344/1998, exigem obrigatoriamente receita física com controle especial (em geral, receita azul ou receita amarela), e não podem ser prescritos por meio digital:
- Morfina e outros opioides potentes;
- Fentanil, metadona e oxicodona (em doses controladas);
- Codeína, quando associada a outras substâncias controladas;
- Clonazepam (em tratamentos para dependência química);
- Anfetamina e seus derivados, como lisdexanfetamina e metanfetamina;
- Cocaína (mesmo em usos terapêuticos regulamentados);
- Piperidina e outros psicotrópicos de alto risco;
- Rivotril (clonazepam, especialmente em doses elevadas).
Devido ao potencial de abuso e dependência, a Portaria 344/1998 determina que, devido a esses riscos, deve-se usar uma receita física. Ela deve conter as devidas anotações do médico para garantir o rastreamento e controle.
Benefícios da prescrição digital para médicos e pacientes
A adoção da prescrição digital vai muito além da substituição do papel por um documento eletrônico. Além da economia para a clínica, a receita digital traz mais segurança, rastreabilidade, agilidade no atendimento e qualidade no cuidado ao paciente.
A seguir, destacamos os principais benefícios, com foco nos impactos práticos e relevantes da rotina médica e de gestão:
Segurança e rastreabilidade jurídica
A prescrição digital reduz significativamente os riscos associados a erros de leitura e interpretações equivocadas.
Ao utilizar assinatura digital com certificação ICP-Brasil, o médico garante a autenticidade, integridade e validade jurídica da receita, blindando sua prática contra fraudes e uso indevido do documento.
Isso também facilita auditorias e inspeções regulatórias, reforçando a conformidade da clínica com a legislação.
Praticidade e agilidade no atendimento
Emitir e enviar a receita digital leva poucos segundos, o que otimiza o tempo do médico e aumenta a fluidez das consultas, sobretudo nos atendimentos online.
Além disso, a eliminação do papel reduz o retrabalho da equipe e os riscos de perda ou extravio do documento — o que, na prática, também ajuda a diminuir as interrupções no tratamento.
Integração da prescrição online com prontuário e gestão da clínica
Quando a prescrição digital está integrada ao prontuário eletrônico e ao sistema de gestão, é possível acompanhar melhor o histórico de medicamentos de cada paciente.
Isso permite tratamentos mais personalizados, evita prescrições duplicadas ou interações indesejadas, e ainda gera inteligência de dados para apoiar decisões clínicas.
Do ponto de vista da gestão, essa integração também contribui para o controle de estoque da farmácia interna, relatórios de produtividade e monitoramento da adesão ao tratamento.
Melhora da experiência do paciente
Para o paciente, receber a prescrição digital no celular ou e-mail, sem precisar voltar à clínica ou buscar documentos impressos, significa conveniência e economia de tempo.
Isso contribui para uma experiência mais positiva com o serviço prestado, aumentando os níveis de satisfação e fidelização à clínica ou consultório.
Quanto custa uma prescrição digital?
A receita médica digital pode ter custos associados à implementação da prescrição digital em clínicas e consultórios, como a aquisição de certificação digital e a utilização de plataformas especializadas.
Esse custo pode parecer pequeno no início, mas se acumula com o tempo — especialmente em clínicas com mais de um profissional.
Foi pensando nisso que a Amplimed criou o Ampli Prescreve: uma plataforma de prescrição digital 100% gratuita, segura e sem limite de uso. Você não paga nada, nunca. Nem para começar, nem depois.
A solução já ajudou mais de 30 mil médicos a prescreverem mais de 10 milhões de receitas, com validação jurídica, interface simples, integração com prontuário e envio direto ao paciente. Tudo com o respaldo da tecnologia e da confiança Amplimed.
Se você quer oferecer mais praticidade ao paciente, reduzir o tempo de atendimento e ainda elevar o nível de segurança e profissionalismo da sua clínica, conheça o Ampli Prescreve!
Como adotar a receita médica digital na sua clínica?
Para adotar a prescrição digital no seu consultório, você precisa seguir três passos principais: escolher uma plataforma segura e certificada, configurar seu perfil com assinatura digital válida e integrar essa ferramenta à rotina do atendimento.
A seguir, veja o passo a passo para começar com segurança, legalidade e agilidade no seu consultório:
- Escolha uma plataforma confiável e compatível com a legislação
A prescrição digital precisa seguir as normas da Anvisa (RDC 429/2020) e do CFM (Resolução nº 2.299/2021). Isso significa que a plataforma precisa oferecer suporte à assinatura digital com certificado ICP-Brasil, que garante autenticidade e validade jurídica à receita.
- Cadastre seu perfil profissional e configure suas preferências
Após escolher a plataforma, é hora de preencher seus dados (como CRM, CPF e e-mail) e configurar preferências de prescrição, como posologias padrão, medicamentos frequentes e orientações automáticas. Isso agiliza sua rotina e reduz erros.
- Integre a prescrição ao prontuário eletrônico do paciente
O ideal é que a prescrição esteja integrada ao prontuário, para que você visualize o histórico completo do paciente no momento da prescrição. Com a Amplimed, tudo acontece em uma única tela — sem abrir abas ou perder tempo.
- Gere e envie a receita digital com poucos cliques
Na Amplimed, você pode prescrever durante a consulta e enviar a receita diretamente ao paciente por link seguro, com validade jurídica. O documento fica armazenado no sistema e pode ser acessado posteriormente, sempre que necessário.
- Comece gratuitamente com o Ampli Prescreve
A boa notícia é que você não precisa investir nada para dar esse passo. O Ampli Prescreve é 100% gratuito e permite que médicos e clínicas emitam receitas digitais com toda a segurança e praticidade que seus pacientes merecem.
Tenha uma empresa parceira para a prescrição de suas receitas digitais
Além de contar com a prescrição digital de forma gratuita você elimina riscos com documentos extraviados e agiliza a comunicação com os pacientes no seus atendimentos online.
Aproveite e confira como é fácil começar a oferecer a prescrição digital na sua clínica com a Amplimed, além de usufruir de todas as vantagens que a plataforma oferece em tecnologia e inovação para seu consultório!
Vale destacar, ainda, a otimização do fluxo de trabalho e a centralização das informações, que ajudam na gestão de estoques e na redução de erros administrativos.
Leia também: O que você perde por não usar uma receita digital com certificação
Perguntas frequentes
Conheça as principais dúvidas e as respectivas respostas sobre a prescrição digital.
A prescrição digital deve conter uma assinatura eletrônica com certificação ICP-Brasil e estar de acordo com as normas do CFM e da ANVISA, como a RDC 429/2020.
Os requisitos incluem a certificação digital ICP-Brasil, o uso de sistemas compatíveis para emissão das receitas e o cumprimento das regulamentações aplicáveis, como a RDC 429 e a Portaria 344.
Medicamentos de uso comum e grande parte dos controlados podem ser prescritos digitalmente, seguindo as diretrizes da RDC 357/2020.
Veja também:
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