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3 formas de conscientizar o paciente sobre uso de antimicrobianos

O uso exagerado de antimicrobianos traz consequências. Você sabe como conscientizar seu paciente? Confira neste guia.

De 18 a 24 de novembro a Organização Mundial de Saúde (OMS) promove a semana de conscientização sobre o uso de antimicrobianos, que visa alertar a população sobre os riscos de uma medicação excessiva à base de remédios como antibióticos.

Talvez ofuscada por outras campanhas de equivalente importância realizadas durante o mesmo mês, como o novembro azul, a semana de conscientização não pode e não deve ser deixada de lado.

Afinal, tem um papel importante em conter o surgimento e a resistência a novas doenças.

Neste artigo você conhecerá a importância deste trabalho conscientizador e entenderá como exercer o seu papel aconselhando seus pacientes da melhor maneira para que, assim, a resistência a antimicrobianos não se torne um problema maior.

O que é a resistência antimicrobiana?
Por que é importante realizar uma campanha de conscientização?
3 maneiras de aplicar a conscientização sobre o uso de antimicrobianos na sua clínicaComo um sistema de saúde pode auxiliar no combate ao mau uso de antimicrobianos?

vírus em formato 3D microscópico

O que é a resistência antimicrobiana?

Este parágrafo introdutório não deve ser novidade para grande parte dos profissionais da saúde, mas é necessário para entendermos em que lugar se forma uma campanha de conscientização e qual é a sua urgência.

Quando um microrganismo é exposto a certa classe de medicamentos, como é o caso de antimicrobianos, antibióticos ou antivirais, a intenção é que eles curem as enfermidades às quais se destinam.

Mas o efeito pode ser o oposto quando administrados de forma incorreta, com excesso de uso, em uma frequência maior do que a indicada, eles criam os microrganismos ultra resistentes.

Uma espécie de mutação mais forte e contra a qual os antimicrobianos deixam de fazer efeito.

Isso aumenta o tempo de exposição às doenças, o risco de infecção e o contágio e disseminação de cada uma delas.

Jovem entregando flyer de campanha na rua

Por que é importante realizar uma campanha de conscientização?

Campanhas são a forma mais correta, prática e muitas vezes barata de lidar com um problema antes que ele já esteja completamente instaurado.

O custo de um movimento deste para a sociedade não se equipara ao custo de tratamentos e equipamentos mais caros que precisarão ser investidos caso os medicamentos comuns deixem de ser eficientes.

Além disso, gastos previstos através do padrão TISS, como custos de internação, também tendem a aumentar, já que os pacientes precisarão de mais tempo em hospitais para se recuperar de algumas infecções resistentes.

3 maneiras de aplicar a conscientização sobre o uso de antimicrobianos na sua clínica

Não é preciso esperar o aval da Organização Mundial da Saúde ou apenas uma semana específica por mês para conscientizar e alertar seus pacientes sobre as consequências do uso inadequado de antimicrobianos.

Isso pode ser feito aos poucos e constantemente dentro da própria clínica, e nem todas as maneiras apontadas aqui exigem um grande planejamento.

Abaixo, você conhecerá algumas das estratégias que podem fazer a diferença para o seu nicho de pacientes, e, aos poucos, podem ser difundidas até mesmo por eles, dentro de seus próprios círculos de influência.

mulher bebendo água

Prevenção

A melhor maneira de aumentar a resistência aos antimicrobianos é não precisar deles em primeiro lugar.

Quando um paciente já chega com queixas que, a julgar pelo prontuário médico, o levarão a tratamentos com antibióticos, como por exemplo uma infecção urinária, não há muito o que fazer.

Mas, antes de chegar neste ponto, há um longo caminho de bons hábitos que podem ser praticados por este paciente para evitar tais quadros.

Eles vão desde beber uma certa quantidade de água por dia, a fim de evitar infecções e problemas renais, até exames preventivos de câncer.

Além de prevenir doenças, eles têm a capacidade de melhorar a qualidade de vida e devem ser levados a sério.

Disponibilizar uma cartilha preventiva em seu consultório, de acordo com a sua especialidade, ou mesmo repassá-los oralmente, é uma maneira de incentivá-los.

Dessa forma, diminui o risco de doenças que necessitam de medicamentos antimicrobianos antes mesmo de sua instalação.

Leia mais: Qual a diferença entre medicina preventiva e tratamento?

Anamnese atenta

Outra maneira de evitar criar microrganismos geneticamente alterados e capazes de não responder a certos medicamentos é acertar em sua indicação.

A mudança constante de remédios porque o problema já não responde àqueles receitados provoca uma blindagem cada vez maior no organismo do paciente.

Dessa forma, a doença permanece instalada por mais tempo e com maiores dificuldades de resposta aos remédios.

Isso pode ser evitado com uma boa escuta ativa e preenchimento de fichas de anamnese corretos durante a consulta, que trarão maior precisão de diagnóstico, junto, é claro, de exames de imagem e laboratoriais.

Um diagnóstico certeiro amplia a potencialidade de um medicamento adequado e as possibilidades de uma cura mais breve.

Assim, além de promover conforto e bem-estar ao paciente, evita-se gastos maiores, como internações e tratamentos mais caros.

senhora levando medicamento à boca

Conscientização sobre a automedicação

Muitas pessoas evitam ou não conseguem ir a consultórios médicos por diversos motivos, financeiros, longas filas de espera no Sistema Único de Saúde, receio pessoal.

E, a partir disso, quando surge alguma questão de saúde, decidem se medicar em casa, por conta própria e sem um diagnóstico preciso e indicação correta de medicamentos.

Mas quando não há o conhecimento essencial para definir qual é o melhor tratamento ou a melhor conciliação medicamentosa para apaziguar aquele quadro, pode-se estar provocando o efeito contrário ao desejado.

Isso seria uma resistência ao microrganismo que se instalou no corpo daquele paciente, e que, com os medicamentos inadequados, pode criar uma resistência e, no lugar de enfraquecer, se fortalecer, dificultando, ou mesmo impossibilitando, sua cura.

Por isso, a recomendação é que ao sinal de sintomas um profissional da saúde especialista seja acionado.

Em conversas com o seu paciente, você pode realizar um aconselhamento sobre a automedicação, e indicar caminhos mais adequados para o surgimento de sintomas, prezando por sua saúde singular e pela coletiva.

Como um sistema de saúde pode auxiliar no combate ao mau uso de antimicrobianos?

Um sistema de gestão que conta com prontuário eletrônico do paciente avançado, com diversos recursos para inserção de anexos, como exames de imagem, laboratoriais, histórico e gráficos do paciente ajuda o profissional a entender o quadro de cada um.

Além disso, o histórico também armazena as medicações indicadas anteriormente, possibilitando variações e diminuindo as chances da criação de uma resistência àquela classe específica de tratamento.

Você já pode começar a usar o prontuário do sistema Amplimed hoje mesmo e conhecer o recurso mais completo do mercado de saúde do Brasil.

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