O plano de negócios para clínica médica é o documento escrito que contém os objetivos, os métodos e o tempo necessário para atingir cada objetivo. O documento também descreve a natureza do empreendimento, o mercado de atuação, as projeções financeiras da empresa e as estratégias de crescimento. Por isso, o plano de negócios deve ser utilizado como um mapa para direcionar a atuação da clínica.
Sabemos que o médico empreendedor enfrenta diversos desafios em seu dia a dia. Por isso, trazemos esse tema importante para a gestão de clínicas médicas.
O plano de negócios é um instrumento muito utilizado em outros mercados, mas muitas empresas da área da saúde ignoram seus benefícios. Neste texto, você vai compreender:
- a necessidade de criar um plano de negócios;
- as principais vantagens de utilizar o instrumento;
- como elaborar o documento passo a passo.
Leia até o final para aproveitar um conteúdo bônus.
É necessário fazer plano de negócios para clínica médica?
Só se você quiser reduzir os riscos e aumentar o potencial de crescimento da sua empresa. Afinal, o plano de negócios é o documento que retrata o mercado no qual sua clínica estará inserida.
Além disso, apresenta a proposta de valor da sua marca, descrevendo os objetivos do seu negócio e os passos para alcançar esses objetivos. Também demonstra os principais riscos e incertezas, facilitando a tomada de decisões durante o funcionamento da empresa.
Ao considerar que o mercado da saúde está sempre em evolução, a importância do plano de negócios aumenta. Sem ele, sua clínica corre grandes riscos de sofrer com as crises. No documento, é possível indicar diferentes cenários e as estratégias da empresa para lidar com eles.
Assim, você descreve algumas hipóteses de movimentos do mercado e seleciona as variáveis mais importantes para manter o crescimento da clínica.
Quais as vantagens de ter um plano de negócios formalizado?
O plano de negócios é importante tanto para a abertura quanto para o crescimento da clínica médica. É claro que o planejamento não elimina os riscos inerentes ao empreendedorismo. No entanto, é um instrumento com finalidade de evitar falhas na gestão por falta de análise de informações relevantes.
O documento ajuda a:
- organizar as ideias iniciais de uma clínica médica;
- orientar a expansão do seu negócio;
- selecionar os principais indicadores de performance;
- facilitar a comunicação entre sócios, investidores, funcionários e parceiros;
- captar recursos novos.
O planejamento é um guia para o empreendedor desenvolver sua atividade econômica da forma mais adequada. Por isso, após estruturado, o plano de negócios possibilita que a empresa:
- determine as principais visões e alternativas para análise correta da viabilidade dos negócios desejados;
- reconheça suas vantagens competitivas;
- solicite empréstimos e financiamentos para projetos específicos;
- defina objetivos financeiros;
- mapeie o perfil de seu cliente ideal para estratégias de marketing.
- minimize os riscos diretos e indiretos da atividade.
Dessa forma, quando a empresa coloca em prática os preceitos de seu plano, pode-se afirmar que o instrumento atingiu sua maturidade técnica. Nesse momento, é possível alterar as diferentes partes do documento.
Afinal, assim como a empresa e o mercado, o plano de negócios também deve evoluir. Por isso, desde o início deve focar nas possibilidades de mudança do empreendimento. Embora retrate o cenário inicial, deve considerar a dinâmica das relações econômicas para estabelecer alternativas viáveis em caso de crises ou de oportunidades.
A seguir, veja como construir um plano de negócios para clínica médica: passo a passo.
Como elaborar um plano de negócios?
O instrumento é dividido em seções, que incluem informações sobre diferentes setores de influência interna e externa no projeto. Cada seção, portanto, possui um propósito específico, que deve ser compreendido facilmente por quem tiver acesso.
O tamanho pode variar de acordo com o modelo de negócios. Outro fator que pode determinar o nível de detalhamento das informações é o propósito do plano. Em geral, documentos que serão utilizados para captação de investimentos exigem maior aprofundamento, principalmente, quando se refere ao como fazer; ou seja, às propostas de ação na prestação de serviços.
Todavia, não há uma estrutura rígida para elaboração do documento. Utiliza-se o registro culto da Língua Portuguesa e busca-se coesão na formação. Isso facilita a leitura e a compreensão do seu plano.
Vamos às etapas.
Passo 1 – Reunir informações
O primeiro passo para elaborá-lo é conhecer o ramo de atividade. Você precisa buscar informações sobre o mercado da saúde, sobre a saúde suplementar e sobre as principais inovações do setor. Assim, estará preparado para definir as principais necessidades do mercado e para planejar a proposta de valor da sua clínica.
Aqui no Blog da Amplimed você encontra todas tendências da área da saúde. Mas você também pode buscar dados do mercado com órgãos oficiais e empresas especializadas. Para isso, acompanhe:
- Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
- Associação Médica Brasileira (AMB)
- Conselho Federal de Medicina
A AMB, por exemplo, é responsável pelo estudo “Demografia Médica 2018”, que reúne informações como formação, distribuição e remuneração dos profissionais da medicina no país.
Se você quiser saber mais sobre este primeiro passo, baixe nosso “Guia Prático: como abrir uma clínica com os olhos na transformação”.
Passo 2 – Análise de mercado
Após reunir as informações é o momento de analisar o mercado. Essa é uma das etapas mais importantes por ser a base para futuras tomadas de decisão. Nesse segundo passo, é importante definir quem serão os clientes, quem são os concorrentes e possíveis parceiros, como fornecedores e laboratórios.
Depois dessas definições básicas, você pode listar os tipos de serviços fornecidos. Se você iniciará uma clínica multiprofissional, por exemplo, decida quais são as especialidades, quais procedimentos serão oferecidos e qual o preço médio por consulta.
Essa estimativa de preço é útil, nesse momento inicial, para definir o poder aquisitivo do público-alvo da sua clínica. No mesmo sentido, você pode decidir se fará atendimentos por convênios ou planos de saúde.
Para ajudar no seu planejamento, criamos o artigo: “Convênios Médicos: vantagens e desvantagens em ter na sua clínica”
Então, as informações coletadas na análise do mercado serão a base do planejamento de cada setor da empresa. Veja a seguir.
Passo 3 – Plano de marketing
A Rock Content, empresa especialista na área, traz a seguinte definição para marketing:
Processo de atração, conversão e retenção de clientes por meio da geração de valor sobre um produto, serviço ou marca. A função do marketing é compreender o mercado e os consumidores para criar relacionamentos valiosos e gerar lucro.
Portanto, as estratégias de marketing são direcionadas para:
- vender mais;
- fidelizar clientes;
- aumentar a visibilidade;
- gerenciar uma marca;
- construir boas relações;
- educar o mercado;
- engajar colaboradores.
Dessa forma, as iniciativas de exposição externa da marca, bem como a qualificação interna, são princípios que devem ser considerados no seu plano de marketing.
Para ajudar no seu planejamento, separamos os melhores conteúdos sobre marketing médico. Veja:
- Marketing Médico: 5 dicas de como começar a implementar na sua clínica
- Marketing para médicos: fale sempre com um especialista
- Médicos nas redes sociais: Principais exageros
- [Ebook] Descubra o potencial da rede social que mais cresce no mundo
Passo 4 – Plano operacional
O planejamento operacional descreve o “como fazer” do seu negócio. Aqui, são listadas as principais características estruturais:
- localização;
- instalações físicas; e
- equipamentos.
Assim, você pode fazer estimativas sobre a capacidade de atendimento da clínica e selecionar os recursos que fazem maior diferença para um melhor desempenho.
Pense em quais equipamentos, colaboradores e tecnologias podem ajudar a reduzir custos e aumentar a eficiência operacional. Em outras palavras, determine quais serão os investimentos com maior potencial de retorno em economia de tempo e aumento da lucratividade.
Um nível maior de detalhamento das etapas operacionais facilita a elaboração de estratégias para evitar desperdícios e otimizar rotinas. Para isso, também é importante indicar os custos pré-operacionais: aluguel do imóvel, taxas de registro, compra de equipamentos, etc.
Veja alguns conteúdos que vão ajudar no seu planejamento operacional:
- Quais as principais atividades de Gestão na Clínica Médica?
- Desafios do Médico Empreendedor: rotinas na gestão de clínicas
- 4 Causas de Fechamento de Clínicas e Consultórios
- Saiba tudo sobre a Lei Geral de Proteção de Dados para área médica
- Sistema médico: as 7 principais vantagens de um sistema 100% na nuvem
Passo 5 – Plano Financeiro
Nesta fase de planejamento financeiro, você terá as informações para decidir quanto ao investimento necessário e as fontes de receita da empresa. Para isso, faça estimativas de:
- custos iniciais;
- despesas e receitas;
- capital de giro;
- fluxo de caixa;
- evolução da lucratividade.
Além das estimativas financeiras, você precisará tomar decisões fiscais e tributárias. Por exemplo, você deve escolher o regime de tributação da sua clínica: simples nacional, lucro real ou lucro presumido.
Após essa etapa, chega o momento de definir o investimento fixo inicial e capital de giro do seu negócio. Dessa forma, você terá maior controle sobre o fluxo financeiro, o que traz maior segurança para seu empreendimento.
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- calcular o investimento inicial e o capital de giro;
- controlar o fluxo de caixa;
- reduzir os custos operacionais.
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